Crime e proceder: Um experimento antropológico

Crime e proceder: Um experimento antropológico

Crime e proceder: Um experimento antropológico

  • EditoraALAMEDA
  • Modelo: 9V92672
  • Disponibilidade: Em estoque
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O experimento antropológico que Adalton Marques propõe a seus leitores é uma ficção, produtiva de notáveis efeitos de verdade. Uma ficção que se lhe impôs pela recusa a recursos não menos ficcionais inerentes a todo gênero narrativo, inclusive a etnografia.

Seu experimento consiste na renúncia em traduzir em conceitos e categorias majoritários as concepções dos interlocutores acerca de suas experiências prisionais, sem abrir mão de traçar alinhavos e criar modulações entre as múltiplas vozes que povoam e falam alto em seu pensamento, vindas do campo, dos livros, das aulas, dos raps, da vida. Os efeitos de verdade resultam da possibilidade de ouvi-las e entendê-las, mesmo, ou talvez melhor, nas dissonâncias. Dessa forma, Adalton Marques quer fazer ressoar além dos ruídos da soberania a luta entre aprisionadores e prisioneiros.

Mais do que referência central, a obra de Michel Foucault é a sua grande aliada nesse exercício experimental. Aqui não se trata de usar um autor para explicar práticas e símbolos observados, mas de promover um encontro entre enunciados incorporados através da leitura daquela obra e do convívio com seus interlocutores, em um mesmo plano de imanência. Na sua inovação, Adalton atende aos requisitos da melhor etnografia clássica e contemporânea.
Atenção e resistência constantes a toda tentação de responder com teorias as questões propostas aos outros; disposição em reformular as próprias questões em resposta às inquietações que os afetam.
Características
Autor ADALTON MARQUES
Biografia O experimento antropológico que Adalton Marques propõe a seus leitores é uma ficção, produtiva de notáveis efeitos de verdade. Uma ficção que se lhe impôs pela recusa a recursos não menos ficcionais inerentes a todo gênero narrativo, inclusive a etnografia.

Seu experimento consiste na renúncia em traduzir em conceitos e categorias majoritários as concepções dos interlocutores acerca de suas experiências prisionais, sem abrir mão de traçar alinhavos e criar modulações entre as múltiplas vozes que povoam e falam alto em seu pensamento, vindas do campo, dos livros, das aulas, dos raps, da vida. Os efeitos de verdade resultam da possibilidade de ouvi-las e entendê-las, mesmo, ou talvez melhor, nas dissonâncias. Dessa forma, Adalton Marques quer fazer ressoar além dos ruídos da soberania a luta entre aprisionadores e prisioneiros.

Mais do que referência central, a obra de Michel Foucault é a sua grande aliada nesse exercício experimental. Aqui não se trata de usar um autor para explicar práticas e símbolos observados, mas de promover um encontro entre enunciados incorporados através da leitura daquela obra e do convívio com seus interlocutores, em um mesmo plano de imanência. Na sua inovação, Adalton atende aos requisitos da melhor etnografia clássica e contemporânea.
Atenção e resistência constantes a toda tentação de responder com teorias as questões propostas aos outros; disposição em reformular as próprias questões em resposta às inquietações que os afetam.
Comprimento 21
Edição 1
Editora ALAMEDA
ISBN 9788579392672
Largura 14
Páginas 214

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